-: dez 20, 2017 / Editor

TEORIA DOS CÍRCULOS PARA A PROTEÇÃO DE INSTALAÇÕES CRÍTICAS

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A principal função de qualquer instalação é fornecer o máximo de segurança para aqueles que vivem ou trabalham em seu interior. A maioria dos projetos de proteção das instalações foi especialmente projetada, para atender às exigências e necessidades de uma instalação em particular e muito poucos delas são realmente produtos de “Informações Gerais”, como todo. Isso ocorre porque o projeto de segurança deve acomodar a instalação as  realidades no terreno para proteger.

As ameaças e riscos que podem sofre as intalações são constantes, vivendo um estado de vulnerabilidade a ataques e espionagem industrial, os danos a propriedades ao redor, dias de trabalho perdidos, perda de renda e danos a sua imagem corpotativa, entre muitos outros.

A teoria dos círculos de segurança já é conhecida no meio da segurança corporativa e empresarial.

Ela foi criada em 1826 pelo economista alemão Johann Heinrich Von Thunen. Baseada no princípio feudal europeu das sucessivas cinturas de proteção em torno de uma torre principal, essa teoria determina que um sistema de segurança deva estabelecer zonas (círculos de proteção) ao redor do objetivo em nível do solo. “Ela não discrimina na verdade quantos círculos serão estabelecidos, mas sim qual o objetivo de cada um deles.”

Na área da segurança é de vital importância a implementação da teoria dos círculos, objetivando aumentar as barreiras de proteção para com os bens, pessoas e informações.

A teoria dos círculos de perímetro abrange todo um estudo, nos seguintes aspectos:

Já a teoria dos círculos de pró-atividade, mostra as ações necessárias para o desempenho das pessoas e da estrutura física, objetivando mitigar as ameaças e riscos para a instalação.

Seguindo a teoria de Mandarini, em conformidade com o Decreto nº 4.553,de 27 de dezembro de 2002, que Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da Administração Pública Federal, e dá outras providências, teremos uma explicação mais detalhada da importância dessa estratégia. E como uma empresa pode se utilizar desta teoria para a classificação de suas Áreas e Instalações sensíveis?

De acordo com Mandarini (2006), conforme a importância do local deverá ser classificada e ter as seguintes gradações de segurança para as áreas, instalações, unidades e ambientes:

SEGURANÇA EXCEPCIONAL: área de excepcional sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas institucionalmente envolvidas nas atividades ali desenvolvidas. Local estratégico para a unidade ou organização, para o qual o autor classifica o controle de acesso como ULTRASSECRETO;
São passíveis de classificação como ultrassecretos, dentre outros, dados ou informações referentes à soberania e à integridade territorial nacional, a planos e operações militares, às relações internacionais do País, a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico de interesse da defesa nacional e a programas econômicos, cujo conhecimento não autorizado possa acarretar dano excepcionalmente grave à segurança da sociedade e do Estado.

SEGURANÇA ELEVADA: área de elevada sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas íntima e institucionalmente envolvidas nas atividades ali desenvolvidas. O Controle de acesso neste caso é classificado como SECRETO;
São passíveis de classificação como secretos, dentre outros, dados ou informações referentes a sistemas, instalações, programas, projetos, planos ou operações de interesse da defesa nacional, a assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, programas ou instalações estratégicos, cujo conhecimento não autorizado possa acarretar dano grave à segurança da sociedade e do Estado.

SEGURANÇA MEDIANA: área de mediana sensibilidade ou periculosidade, com acesso restrito a pessoas que tenham relações institucionais com as atividades ali desenvolvidas. Para este caso, o controle de acesso é classificado como CONFIDENCIAL;
São passíveis de classificação como confidenciais dados ou informações que, no interesse do Poder Executivo e das partes, devam ser de conhecimento restrito e cuja revelação não autorizada possa frustrar seus objetivos ou acarretar dano à segurança da sociedade e do Estado.

SEGURANÇA ROTINEIRA: área de baixa sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas que tenham necessidade de trato funcional ou de negócios com as atividades ali desenvolvidas. Normalmente o controle de acesso é classificado como RESERVADO;
São passíveis de classificação como reservados dados ou informações cuja revelação não autorizada possa comprometer planos, operações ou objetivos neles previstos ou referidos.

SEGURANÇA PERIFÉRICA: área isenta de sensibilidade ou periculosidade, que integra os limites do perímetro da unidade ou instalação.
Área Ostensiva: sem classificação, cujo acesso pode ser franqueado.

A teoria dos círculos concêntricos baseia-se nos diferentes círculos que consideram os perigos somente ao nível do solo ou próximos a ele, a teoria das esferas concêntricas, consideram também os perigos advindos do subsolo e do espaço.

Esta teoria tem a finalidade de cobrir o espaço de uma esfera, cujo centro será a pessoa ou objetivo a ser protegido.

Enfim, a importância do conhecimento das teorias dos círculos concêntricos, é de vital importância para o planejamento estratégico da segurança, obtendo assim um estudo mais detalhado da instalação crítica a ser protegida.

Por Fabiano Sérgio Paiva Dias de Sá, CPSI

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